quarta-feira, 2 de junho de 2010

E nada de tainha...


Já estamos no dia 2 de junho de 2010. Segunda semana da “época da tainha”, período de pesca que começou no dia 15 de maio em Santa Catarina. Até agora, passados 17 dias desde o período de pesca, os cardumes ainda não apareceram, os pescadores permanecem com as canoas dentro d’água e as praias continuam fechadas para o surf. E nada de peixe! Somente algumas poucas tainhas mais perdidas foram capturadas nas praias de Garopaba e de Florianópolis. Ou seja, já se passaram quase duas semanas de pesca e nada da tainha. Bem diferente dos outros anos, quando a pesca começava dia 1° de maio já com peixe. Ano passado apenas Florianópolis teve uma boa safra da tainha, diferente das demais praias de SC, onde a presença dos grandes cardumes vem sendo cada vez menor. Por enquanto, 2010 é o ano com menos peixe na história de Garopaba.

Seria o preço por tantos anos de pesca no período de desova? Ou a pesca industrial, com seus barcos equipados, sonares e muitas redes que está acabando com a tainha?

Sem culpa nenhuma no cartório, os surfistas é que estão proibidos de entrar na maioria das praias, pagando a conta de um problema que não é deles. Uma matéria sobre a Pesca da tainha e sobre os conflitos entre surfistas e pescadores (escrita por esse que vos escreve), pode ser lida no link abaixo:
http://surfabout.blogspot.com/2010/05/pesca-da-tainha.html

Problemas à parte, nós pescadores, moradores e surfistas, estamos todos na torcida
para que as tainhas apareçam e que nossos pescadores tenham o seu quinhão e que nós, moradores, possamos comer uma deliciosa tainha na brasa.

E pensando no futuro, é preciso que os pescadores artesanais se organizem para, primeiro, acabar com o grande vilão da história, os barcos da pesca industrial. E depois, para repensar a pesca no período da desova da espécie, o que não é uma prática lá muito inteligente. Sem isso a pesca da tainha, atividade tradicional de Garopaba e de todo o Estado de Santa Catarina, pode deixar de existir e de fazer parte da história da nossa cidade no futuro. Ou se repensa toda a pesca da tainha, ou esta atividade está com os seus dias contados. Uma pena.

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